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One’s Lifestyle: Fadiga do Zoom

Nos estágios iniciais da pandemia, as realidades do trabalho remoto indefinido ainda não eram claras para muitos trabalhadores. No início, a configuração pode ter parecido ideal: sem deslocamento, calças de moletom o dia todo e uma pausa na hora de ir para o escritório. Mas, à medida que a pandemia continua, sem um fim definitivo à vista, a fadiga e o esgotamento vêm à tona como questões importantes que afetam muitos funcionários remotos.


Embora possamos estar passando mais tempo em casa, isso não significa que estamos tendo mais tempo para ficar sentados no sofá vendo Netflix… Nossas mentes estão pensando constantemente e acabamos ficando conectados muito mais tempo.



Cerca de 40% dos membros da força de trabalho global estão considerando deixar seus empregadores este ano, enquanto cerca de 61% dos líderes empresariais dizem que estão “prosperando” agora, revelou Word Trend Index 2021 publicado pela Microsoft. O documento ainda afirma que os arranjos de trabalho flexíveis acelerados pela pandemia estão “aqui para ficar”, mas que há um conflito entre a alta produtividade autoavaliada e o esgotamento digital.


Por mais que este formato seja uma oportunidade de menor exposição ao vírus para uma minoria da sociedade, esta não é propriamente uma escolha, mas sim, uma adaptação necessária (aos que podem e conseguem usufruí-la). A grande questão é que um dos elementos fundamentais para a saúde mental é a autonomia, a auto expressão e o senso de controle - pontos que a pandemia e a necessidade do distanciamento social tem nos privado. Outra questão importante para muitas pessoas tem sido a solidão, uma vez que as relações de trabalho e as conexões regulares que fazemos com aqueles que não são parte de nosso círculo imediato se limitaram no formato remoto.


O fluxo de informações também se tornou algo avassalador. Além das informações que buscamos ativamente sobre o coronavírus, também estamos submersos por uma quantidade gigante de notícias, opiniões e fake news pelas redes sociais, o que é emocionalmente desgastante.


Um estudo publicado pelo Virtual Human Interaction Lab da Universidade de Stanford apelidou o fenômeno de "fadiga do zoom" e alerta que o mosaico de rostos com os quais interagimos enquanto estamos presos a uma cadeira, junto com a dificuldade de detectar a linguagem corporal, com nosso rosto, está criando estresse adicional. É preciso tomar cuidado para não se transformar em Síndrome de Burnout, que já comentamos por aqui no blog.

Mas como evitar?

  1. Reduza a multitarefa - Mesmo que você ache que domina a habilidade de escrever e-mails simultaneamente enquanto participa de uma teleconferência , fazer os dois realmente requer mais energia.

  2. Faça micro-pausas - Principalmente pausas visuais, levante-se do computador e olhe pela janela ou se alongue um pouco. O ideal é que a cada 1h você se levante pelo menos por 5 minutos.

  3. Filtre e priorize informações - Embora você precise se manter atualizado, seja firme sobre seus limites e permita-se não acompanhar todos os e-mails não críticos.

  4. Descubra o ritmo de energia do seu corpo - combine melhor os projetos de trabalho com seus níveis naturais de energia e atenção. Por exemplo: Se você é uma pessoa matutina, tente agendar trabalhos e reuniões importantes durante a primeira metade do dia.

  5. Evite trabalhar horas extras - É muito fácil cair na armadilha de trabalhar horas extras quando o faz em casa, defina horários e crie uma rotina.

  6. Tenha um momento só seu - sem telas, familiares ou distrações. Tire um momento para fazer algo que você realmente goste.

Embora tenha diversos benefícios, o novo estilo de vida profissional, se não for bem dosado, pode gerar estresse, ansiedade e fadiga. Faça um exercício de mudança e se proponha a ficar alerta com a qualidade da sua rotina. Lembre-se que os desafios de hoje serão superados e voltaremos com muito aprendizado e uma adaptabilidade expandida.


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