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Quem tem nos acompanhado viu que ontem falamos sobre marketing sensorial abrangendo alguns exemplos no ponto de venda, nas embalagens entre outros touchpoints offline porque achamos que valeria a pena separar um post especificamente para a mesma reflexão no universo digital. Tendo em vista que o momento pede estratégias e experiências cada vez mais online, seria possível aplicar esta ferramenta no âmbito digital? E se sim, como? Foi através desse mindset que separamos algumas ideias pra compartilhar com vocês!
Ilustração por Drew Bardana - Behance
As possibilidades de navegação estão se tornando cada vez mais intuitivas, amigáveis e o uso das IAs (Inteligências Artificiais) tem possibilitado que aconteça uma verdadeira intimidade com o nossos desejos e pensamentos.
Cada vez mais, vídeos como o do magnum senses surpreendem e instigam nossos sentidos. Então porque não estimular as sensações através de recursos audio-visuais na experiência digital? E vamos além, porque não fazer com que a própria experiência de navegação em sites e aplicativos se tornem cada vez mais amigáveis, intuitivas, rápidas e informativas criando uma sensação a parte - a satisfação.
A satisfação de encontrar o que buscamos de forma agradável, segura, em um site que direcione corretamente o usuário, que seja direto ao ponto, que proporcione uma experiência de navegação ergonômica, surpreendente e confortável. Certamente isso pode proporcionar uma experiência sensorial agradável e conveniente tanto quanto um display com vaporizador no meio de uma corrida no parque.
São esses pequenos gatilhos relacionados à experiência que geram sensações positivas e decisoras no público em questão.
Recentemente avaliamos como benchmark para um projeto, o site da grife Le Collectionist . Ficamos simplesmente encantadas com a percepção de como o vídeo nos coloca diretamente na posição de estar dentro do ambiente em questão. A estratégia de colocar o vídeo na home com tamanho full screen fez com que o visitante fosse transportado em uma viagem direta para as propriedades encantadoras e belos cenários da França. Não precisamos tocar, nem sentir os aromas de nada, mas pudemos ver e sentir minimamente a atmosfera do lugar.
No universo digital também podemos ouvir! E atualmente ter experiências digitais baseadas no movimento - como propõe a rede TikTok - já é febre entre os mais jovens. Temos visto marcas promovendo jogos educativos que estimulam a musicalidade. E ainda no segmento infantil, confesso já ter descoberto e amado audiobooks no Spotfy com contos de ninar para pequenos cientistas - que entretêm os pequenos com histórias científicas através de uma linguagem simples e didática. E até mesmo o próprio Whatsapp já proporcionou uma experiência sensorial através da "corrente do bem" de Deepak Chopra com as meditações enviadas em grupos de amigos diariamente pelos "21 dias de abundância". A verdade é que há campos férteis para explorar sensorialmente a capilaridade da marca no universo digital.
E para dar um exemplo simples: recentemente publicamos uma campanha de dia dos avós, criada para a Bepaper (do segmento de papéis de parede), que estimula a memória afetiva puramente através do conteúdo. A saber: Feliz dia do... vou te contar uma história... fiz o doce que você gosta... eu conserto pra você... quando você vem almoçar aqui?
Um simples post. Mas que vai lá no fundo na emoção buscar um nozinho na garganta dos que já vivenciaram tudo isso algum dia e sentem falta dos avós que partiram. Ou o "ah é... deixa eu ligar lá!" para aqueles que contam com a sorte de tê-los por perto mas esqueceram de dar um olá. Enfim, o marketing sensorial é aquele que desperta sensações. Mas o que dizer do marketing que desperta emoções?
É justamente disso que estamos falando.
Por essas e por outras, acreditamos que esta seja definitivamente a era do marketing sensorial aplicado ao universo digital.